De lá para cá eu comecei a faculdade, aprendi - ou não - a beber. Transei com meninos e com meninas. Engordei uns 7 kilos. Perdi uns 9 kilos. E agora engordei de novo, mas você não deve ter reparado. Mudei de cabelo, parece até uma peruca. Na verdade, peruca era o que era antes.
Passei por três empresas diferentes nesse período. Nenhuma me deu o menor sinal de realização pessoal. E hoje, exatamente agora, eu acho que nunca encontrarei. Não sei. De lá para cá, eu fiz uma menina se apaixonar por mim. Transei com um burguês playboy babaca, só porque ele tinha um carro. Me apaixonei por um cara e atualmente eu o amo. O que pensei ser impossível. É, impossível. Eu pensei que você tinha levado minha capacidade de amar junto com teu egoismo indecifrável.
Daí que eu tô bem sabe ? De lá para cá eu aprendi a cozinhar (e eu gosto muito) , parei de comer carne, não tomo leite mais que uma vez por dia e não gosto de comer pão. Tomei uns pórris, escrevi pra um blog e aprendi um pouco sobre politica.
De lá pra cá eu aprendi a não zelar pelo teu sono e nem a cuidar da sua vida. De lá pra cá e eu agradeço, todo o tempo, por ter sobrevivido a você.
De lá pra cá eu entendo que você não foi exatamente egoista, quer dizer, não no cerne na questão. A gente que não tinha idade, ou cabeça, pra se meter naquela confusão. Hoje, se acontecesse de novo, eu juro que não faria tu escolher. Nós íamos encontrar uma maneira de viver feliz. As três, e quem mais viesse. Besteira nossa essa de dividir as coisas em dois o tempo inteiro. Em sub grupos: Heteros e Homos, Carne ou Frango, Coca ou Fanta, sei lá... não precisa ser assim com o amor. Hoje eu entendo, me desculpa as histerias.
Embora eu pense que o que houve entre nós, não possa ser compreendido. Nem por mim, nem por você e nem por ninguém. E tudo bem. Que importa, não é ?
De lá pra cá eu refiz um monte de coisa e nunca estive tão pronta pra dizer que de lá pra cá, não nos encontramos mais.
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