Estava já pegando no sono esses dias,quando você veio e se ajeitou em mim.Encaixou suas pernas nas minhas,envolveu um dos braços na minha cintura e arrumou cuidadosamente meu quadril um pouco abaixo da sua cintura. E não é que encaixou. Encaixou perfeitamente. Dormimos.
Outra noite dessas,repetindo o mesmo ritual da noite anterior,dormimos assim de novo,encaixadas. No meio da noite,entre uma revirada e outra,você me largou. Virou pro outro lado da cama,se esparramou e continuou a dormir,assim também o fiz. Uns minutos depois,você veio,talvez até sem perceber,com seu pé procurando o meu. Encontrou. Algumas mexidinhas pra lá e outras pra cá e pronto,já estávamos lá,encaixadas de novo. Meus dedos e dedinhos misturados com os teus dedidinhos,dos pés dessa vez. E continuamos á dormir.
Hoje,tomando banho de mar,entre um brincadeira e outra,cheguei pertinho de você e até me surpreendi com a maneira que deslizei em você e logo já estava eu lá,com os braços nos teus ombros,suas mãos na minha cintura e eu encaixada,novamente,no teu colo. Repetimos a cena, para termos certeza, da facilidade com que nos encaixamos.
Você coube comigo no minúsculo sofá-cama da sua casa, cenário este das nossas primeiras noites juntas. Você cabe comigo na sua cama de solteiro. Você cabe comigo num colchonete ralinho jogado ao chão,como naquele sítio,aonde fomos comemorar o aniversario de uma amiga. Na minha cama de solteiro. Na cama de casal da minha mãe. Na minha semi-cama de casal. Na rede. Você cabe comigo na rede. É tão estranho saber que meu corpo é exatamente o encaixe fácil e gostoso do teu corpo. E bom poder se aconchegar tanto assim em alguém,sem importar como. Você cabe na minha vida. Nós nos encaixamos como uma quebra-cabeça.
Volte sempre!
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