quarta-feira, 15 de maio de 2013

e compartilharemos nossos mundos secretos


Explicaria, talvez, o fato daquele não ter sido um bom dia para você e você estar ali, naquela hora e naquele lugar, casualmente por força do ''destino'', tudo o que aconteceu entre nós depois ? Explicaria, talvez, o fato d'eu estar ali, naquele mesmo dia e naquele mesmo lugar, tentando remover a qualquer custo, com vodka e fruta, música barulhenta e gente esquisita, um amor não mais tão amor assim ? Não sei. Acontece que, fugindo de qualquer possibilidade mirabolante, nós estávamos ali. E desde então você sempre esteve um pouco em mim.

Em uma cena tradicionalmente urbana-alternativa pude, então, viver o meu primeiro "amor-a-primeira-vista". Uma cara emburrada, de gente birrenta. Um cabelo despenteado quase que de propósito e um casaco lindo, fez meu coração disparar. Todas as terminações nervosas do meu corpo se unindo pra decodificar, em segundos, apenas uma mensagem: ''É ela." 

E era. E foi. E ainda é.

Nós começamos recomeçando.
Dado os dias, descobri que teu filme favorito era o mesmo que o meu. Desafiando todas as estatísticas, meu ''amor-a-primeira-vista'' continuou sendo mais amor depois quê, em horas á fio de conversa, nosso gosto musical também era compatível. Bem como os livros e a vontade crescente de vivermos, juntas, uma cena na cozinha. 
Com categoria, você me fez chorar e te amar mais, no mesmo dia. Me obrigando a viver por você todos os meus excessos. Ainda assim, você me trouxe paz quando chegou, linda, naquela estação de trem, me abraçando e pedindo perdão. E enquanto eu te abraçava, não lembrava nem mesmo o porquê de, em algum segundo da minha vida, ter ficado brava contigo. Você me deu colecionáveis cenas de filme pra chamar de minha e colocou teu cheiro em todo canto por onde passou. 
Dançando entre os desencontros e a interrupção forçada qual você me impôs, concluo que você ainda é o que de mais bonito carrego comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário