segunda-feira, 27 de maio de 2013

o peso de viver assim

Acontece quê, hoje em dia, nossos encontros-não-encontros se tornaram colisões, tempestades, abalos sismicos. Você move mundos inteiros dentro de mim - li isso em algum lugar, há um bom tempo atrás - e isso reflete. Então te digo: já se passaram semanas, meses, dias, em breve... anos. Ainda assim, te ver, sempre vai me remeter a uma "nostalgia" incuravél. Incuravél. Está tudo bem, meu amor.  Disseram que é assim que funciona as coisas: começo - meio - fim. Fim. Eu acreditei e continuo acreditando: É o fluxo natural das coisas. No entanto, você funciona, exatamente, como um fio desencapado bem no centro das minhas terminações nervosas, me oferecendo pequenos e sofridos "choques emocionais''.
Se eu pudesse te dizer algo, eu diria que o que me incomoda é essa sensação de impotência, aceitação e conformismo. 
Eu não posso fazer nada. Nada, nada, nada, milhões de vezes nada. E você não sabe o poder de flagelo qual essa sentença me reduz. 
Eu te escreveria uma carta por dia, só pra te fazer lembrar o porque devemos ficar juntas.
Eu te acompanharia por todos os lugares, desenharia todos os meus planos, te mostraria todas as minhas músicas, textos e livros. Eu inventaria qualquer motivo pra te fazer feliz comigo. Eu espernearia. Brigaria com quem fosse. Eu me rasgaria por dentro, por fora, dos lados. Eu imploraria: ''NÃO ABANDONA A GENTE''. Não pula fora, não determina game-over, não para de remar, não vai sem mim.  Eu faria qualquer coisa que pudesse fazer você entender que amor assim a gente não desiste nunca. Que eu posso, que você pode, que nós podemos: Reinventar tudo. Eu reinvento. A gente muda o tom, a cor, o gosto. Menos drama, mais sexo. Menos apelo emocional, mais piadas idiotas. Eu seria a Helena na tua vida, bem como em 'Vicky - Cristina - Barcelona', porque eu sou um drama mexicano previsivel como os clichês hollywoodianos, em carne e osso: perdão!
Eu brigaria de novo, todo dia, todo o tempo. Espalharia faixas, outdoors. Eu panfletaria, porta a porta, o tanto amor que tenho por ti. Eu mandaria mensagem, email, fax. Fica aqui, a gente faz a gente de novo. Outra banda, outra música, outro tema. Outros lugares, outros restaurantes, outros bancos e outras praças. Outro suco favorito, outra comida predileta. Não sei, qualquer coisa, o que fosse, ou nada. Só nós, em nós, num quarto escuro, quente, debaixo do edredom, enroladas, amassadas, grudadas uma na outra. Qualquer contexto que me caiba, por favor, amor.
Mas não cabe. Não posso. Não falo. Não faço. 
Eu sei, não precisa me lembrar, o que foi, foi lindo e ninguém muda. Desculpa se o tanto que foi deixou a sensação de que deveria, mesmo, ter sido para sempre. Hoje, com esses vinte e poucos anos, sei bem que é tempo demais, que é coisa demais, que é gente demais, que é magoa demais. Minha mãe já dizia: ''Tudo em excesso faz mal, inclusive o que é bom''. Seria, então,  excesso de amor ? Não sei, não vou saber.

Desculpas os anseios, as mensagens descabidas, o possivel transtorno ou a ausência dele. Desculpa estar aqui ainda. Eu também gostaria de não estar aqui, não assim.

"E o pior não é não conseguir, é desistir de tentar"


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