quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

aniversário de saudade: parabéns, são quinze

daí que eu disquei 9 832320 85. forçando a memória já que desde o dia 28/12/2015  não tem um rastro teu nessa casa. quer quiser, mais ou menos, porque tem muito de você em tudo de mim, ainda. 
e eu sei, tá tranquilo. tô indo bem. respiro fundo, reforço uns milhares de motivos de como-a-vida-tá-melhor-sem-você-obrigada-melhor-decisão-da-minha-vida e, bom, isso me manteve invicta até aqui. 
nenhum e-mail, nenhuma mensagem texto, nenhuma ligação, nenhuma aparição repentina no meio dos teus dias e apenas uma, ou duas noites - e agora uma manhã - chorando por você. se colocar na balança, o saldo é positivo. é só questão de tempo. aliás, chegamos ao ponto, principal: about time. é esse o nome do filme - lindomaravilhoso - que eu acabei de assistir e me deixou assim, toda chorosa. desesperada pra trocar cinco minutos de conversa contigo. nada substancial. só ouvir sua voz. reparar o jeito que você vai me chamar, o cuidado que vai ter ao escolher as palavras e o tom certo para receber essa minha ligação inesperada bem no meio da sua quarta-feira normal. e perguntar só se está tudo bem por aí. e ouvir você dizer que sim. e ficar aquele silêncio desconfortável mas bom, só por saber que você tá ali, respirando ansioso do outro lado da linha assim como eu. mas, evidente: isso é só um jogo de suposições. talvez você não fizesse nada disso, principalmente a parte de ficar ansioso do outro lado da linha. porque, afinal, muito provavelmente, seu processo deve ser tão absurdamente diferente do meu que chega ser estupidez imaginar que eu quase deixei a linha do telefone chamar. 

mas aí, ainda sob a reflexão do filme, a mesma que me fez ter o impulso de ligar porque afinal a vida é uma só, tudo de passagem, tem que viver um dia de cada vez como se efetivamente só existisse esse dia. foi exatamente a mesma reflexão que me impediu de ligar. por exatamente os mesmos motivos da linha acima, e mais um: não adianta nada olhar pra trás. como disse o personagem mais querido do filme: "a vida é uma bagunça pra todo mundo, não da pra consertar". e bom, é isso. a gente segue tentando, da maneira mais honesta, errada e menos dolorida que conseguimos. sem garantias! 

no fim, eu fiquei um tempão com o telefone na mão. olhando pela janela da área de serviço, pro nada. e escutando a música - how long will i love you - e agradecendo. agradecendo por tudo que eu já vivi até agora e, que mesmo morrendo de saudade, eu não mudaria nada. porque eu tipo, gosto da bagunça que é minha vida e tudo que tem nela. e que, porra, você é uma saudade linda.

seu cabelo, seu cheirinho, seu ombro, seu perito, seu sorriso, suas mãos, seus braços, suas coxas. seu pés não, porque eu odeio pés. rs tudo em você é lindo. e tudo de nós foi lindo. e, como diz bem em outra música - passa e fica - o que você é, hoje:  história pra contar, fica a lembrança que habita. onde não se consegue tocar. onde nada mais se modifica.

vou aqui, torcer os dedos pro destino fazer a gente se esbarrar na rua dia desses.
pra eu te dar esse abraço acumulado, fazendo aniversário de 15 dias de saudade.

um cheiro :*

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